PÚLPITO OU PALCO ll

A Mulher Samaritana, Coca Cola e Jesus

João 4:6-15 achava-se ali o poço de Jacó. Jesus, pois, cansado da viagem, sentou-se assim junto do poço; era cerca da hora sexta. Veio uma mulher de Samária tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. Pois seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida. Disse-lhe então a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (Porque os judeus não se comunicavam com os samaritanos.) Aqui é um crescente que não se encontra no texto original. Respondeu-lhe Jesus: Se tivesse conhecido o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe terias pedido e ele te haveria dado água viva. Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que tirá-la, e o poço é fundo; donde, pois, tens essa água viva? És tu, porventura, maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, do qual também ele mesmo bebeu e os filhos, e o seu gado? Replicou-lhe Jesus: Todo o que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna. Disse-lhe a mulher: Senhor dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, nem venha aqui tirá-la.
Às vezes, a gente ouve certas coisas que não aceita, mas não sabe bem o porquê. Só depois de algum tempo entende. Não foi por mera antipatia que aquela mensagem não desceu bem. Recordo-me quando ouvi pela primeira vez o paralelo entre Jesus e a Coca-Cola.
O pregador, inflamado de zelo e paixão missionária, afirmava que numa viagem ao interior do Haiti, sob uma temperatura de mais de 40 graus, sentiu-se aliviado quando parou num quiosque miserável feito de palha de coqueiros e pôde comprar uma garrafa do mais famoso refrigerante do mundo.
Devidamente refeito depois de beber sua Coca geladinha, perguntou ao dono da venda se já ouvira falar de Jesus. Ele não sabia de quem se tratava.
E o nosso palestrante fez sua analogia, tentando dar um choque na complacência da igreja ocidental: “A Coca-Cola conseguiu alcançar o mundo inteiro em menos de um século e a igreja cristã ainda não cumpriu a ordem da Grande Comissão em mais de 20 séculos!”.
Depois daquela primeira exortação, já devo ter escutado essa mesma comparação uma dúzia de vezes em diversas conferências missionárias. Verdade ou tolice? Pior. Estou certo que essas ilustrações não são meros simplismos, nascem de grandes erros teológicos (ou ideológicos?).
Coca-Cola é uma bebida inventada na Geórgia, Estados Unidos, com uma fórmula secreta. Sabe-se que sua receita original continha alguns ingredientes também encontrados na cocaína, daí o seu nome.
Seus fabricantes nunca intencionaram outro propósito senão matar a sede das pessoas. A The Coca-Cola Company não convoca ninguém a rever valores do caráter, não confronta estruturas de morte, não se propõe a aliviar culpa, não revela a eternidade e nem Deus.
Para chegar aos quiosques mais remotos do globo, bastou criar um produto doce e gaseificado. Investir bilhões em boas estratégias de propaganda, construir fábricas e desenvolver uma boa rede de distribuição para que o produto chegasse com a mesma qualidade nos pontos de venda.
Tentar comparar a missão da igreja no anúncio do Reino de Deus às estratégias de mercado de um refrigerante beira o absurdo. Confunde-se um bem material com uma pessoa e enxerga-se na mensagem um produto.
Os missiólogos sucumbiram à lógica do mercado do novo milênio? Acreditam mesmo que cumpriremos nossa missão com os instrumentais corporativos? Tudo pode se tornar um produto?
No Brasil, esforça-se muito para “vender” o Evangelho. Quase não se usa a mídia para proclamar os conteúdos do Evangelho. Alardeiam-se os benefícios da fé. Basta observar a enormidade de tempo gasto divulgando os horários dos cultos, a eficácia da oração, mostrando que aquela igreja é melhor e que a sua mensagem é a mais forte para resolver todos os problemas das pessoas.
Aborda-se o Evangelho como um produto eficaz e adota-se uma mentalidade empresarial no seu anúncio. Prometem-se enormes possibilidades. Tratam as pessoas como clientes e sem constrangimento, anuncia-se que qualquer um pode adquirir esse determinado benefício com um esforço mínimo.
As igrejas se transformam em balcões de serviços religiosos ou supermercados da fé. A tendência de oferecer cultos diferenciados e as intermináveis campanhas de milagres demonstra bem esse espírito.
Como um supermercado com as gôndolas recheadas de produtos, as igrejas procuram incrementar os “serviços” ao gosto dos fregueses.
Os pastores dividem os dias da semana com programações atrativas; gastam suas energias desenvolvendo estratégias que atraiam o maior número de pessoas. Sonham com auditórios lotados. Campanhas, correntes e demonstrações grotescas de exorcismos e milagres financeiros se sucedem. As pessoas, por sua vez, se achegam, seduzidos pelas promoções das prateleiras eclesiásticas.
Esse modelo induz as pessoas a adorarem a Deus por aquilo que ele dá e não por quem é. Não se anunciam o senhorio de Cristo, apenas os benefícios da fé. Os crentes acabam tratando a Bíblia como um amuleto e, supersticiosos, continuam presos ao medo. Vive-se uma religião de consumo.
Mas existe outra dimensão ainda mais sutil. Naomi Klein, jornalista canadense, publicou recentemente “Sem Logo” (Editora Record) para denunciar a tirania das marcas em um planeta obcecado pelo consumo. Ela defende a tese de que a grandes corporações do mercado global não vendem apenas os seus produtos, mas a marca.
Procuram criar uma filosofia de vida embutida em seus produtos. Desejam induzir seus consumidores a acreditarem que podem viver um determinado estilo de vida, desde que comprem aquela marca específica. Assim os fumantes de Marlboro imaginam personificar o “cowboy” solitário, mesmo morando em um apartamento. Quando atletas amadores vestem as roupas ou calçam os tênis da Nike, acham que se transformam em campeões. Gente que vive presa no trânsito apinhado das grandes metrópoles, ao dirigir jipes com tração nas quatro rodas, sente-se desbravando sertões. Klein declara: “Marcas, não produtos!” tornou-se o grito de guerra de um renascimento do marketing liderado por uma nova estirpe de empresas que se viam como ‘agentes de significado’ em vez de fabricantes de produtos. Segundo o velho paradigma, tudo o que o marketing vendia era um produto. De acordo com o novo modelo, contudo, o produto sempre é secundário ao verdadeiro artigo. A marca e a sua venda adquirem um componente adicional que só pode ser descrito como espiritual”.
Infelizmente percebe-se o mesmo em determinados círculos cristãos. Querem fazer do Evangelho uma grife. Como? Primeiro transforma-se um seleto grupo de evangelistas, cantores e pastores em super-estrelas ao estilo de Hollywood. Depois associam seu nome a grandes eventos e dão-lhes o holofote. Ensinam-lhes habilidades espirituais acima da média. Assim produzem-se ícones semelhantes aos do mundo do entretenimento. Eles aglutinam multidões, vendem qualquer coisa e criam novas modas. A indústria fonográfica enriquece, os congressos se enchem, e os novos astros do mundo “gospel” alavancam suas igrejas.
Jesus dialogou com uma mulher samaritana e ofereceu-lhe uma água viva. A mulher imaginou essa água com raciocínios concretos. Pensou que ao beber, nunca mais teria sede. Uma água dessas hoje, devidamente comercializada, seria um tesouro sem preço. “Dá-me dessa água e assim nunca mais terei que voltar aqui”. Disse: a mulher. Jesus então corrigiu sua linha de pensamento. A água que ele oferecia não era mágica, mas um relacionamento: entre filhos e filhas adorando ao Criador em espírito em verdade. Infelizmente muitos “evangélicos brasileiros” propagandeiam água mágica. Pretensamente matando a sede de qualquer um no estalar dos dedos. O evangelho não é produto ou grife, volto a repetir, mas uma alvissareira notícia. Não deveria se escravizar às regras do mercado. O pastor Ricardo Mariano em sua tese de doutoramento concluiu, para a vergonha de tantas igrejas: “As concessões mágicas feitas pelas igrejas, às massas desafortunadas, por certo, não constituem tão-somente meras concessões… observa-se que a oferta dos neo-liberais de serviços mágicos segue cada vez mais uma dinâmica empresarial, ditada pela férrea lógica do mercado religioso, que pressiona os diferentes concorrentes religiosos a acirrarem seu ativismo e a tornarem mais eficazes suas ações e estratégias evangelísticas”. Essa mercadoria religiosa caricaturada de evangelho não representa o leito principal da tradição apostólica. A indústria que encena essa coreografia carismática de muito barulho e pouca eficácia, não conta com o aval de Deus.
Há de se voltar ao anúncio doloroso do arrependimento como primeira atitude para os candidatos ao Reino. Não se pode, em nome de templos lotados, omitirem a mensagem da cruz. Precisa-se repetir sem medo a mensagem de Jesus: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Marcos 8.34).
Se não voltarmos aos fundamentos do Evangelho, teremos sempre clientes religiosos, nunca seguidores de Cristo. Faremos proselitismo sem evangelizar.
Aumentaremos nossa arrecadação sem denunciar pecados. Construiremos instituições humanas sem encarnação do Reino de Deus. E pior, continuaremos confundimos Jesus com Coca-Cola. No Maranhão há um refrigerante de grande sucesso com a marca Jesus. Entretanto, não se pode desejar alcançar o sucesso transformando Jesus numa soda e as igrejas em quiosques religiosos.
Conceito dos levitas:
I.O púlpito não deve ser um lugar expositivo de moda ou roupas que não condiz com o grau espiritual do levita.
II.O púlpito não deve ser uma plataforma ou um palco. Os levitas devem se vestir com decência e pudor, assim era como se vestia os levitas dos palácios dos reis Mt 11:8 Mas que saístes a ver? Um homem trajado de vestes luxuosas? Eis que aqueles que trajam vestes luxuosas estão nas casas dos reis. A pergunta e? Um homem trajado de vestes luxuosas? Claro que não?
Conceitos dos sacerdotes: Dt 40:13 E vestirás Arão das vestes sagradas, e o ungirás, e o santificarás, para que me administre o sacerdócio.
I.Devem se vestir com trajes decentes.
II.Na sua vida cotidiana, em casa, no trabalho, na rua ou em qualquer lugar.
III.Ter respeito no santuário de Deus.
A “pregação” da Palavra de Deus é, hoje, conceituada por qualquer um que sobe na plataforma e começa a falar ou gritar. Sim, por que o púlpito virou um palco ou uma plataforma. Pastores carismático, ou seja, atores.

Talvez você, pense: - “Na minha igreja a pregação é sempre um espaço grande e recebemos visitas de diversos pregadores”.
O que queremos alertar é que não basta um tempo grande para a pregação e nem que a plataforma ou púlpito esteja cheia de homens engravatados; antes é necessário a avaliação da qualidade dessa pregação.
A pregação precisa ser avaliada? Pergunto? Quais são as causas da “morte do púlpito” no evangelicalismo moderno?

Às respostas.
A)Espiritualidade em baixa é igual à pregação sem qualidade.
A pobreza das pregações é evidente nesses últimos dias, pois isso é conseqüência direta da pobreza espiritual na vida cristã. Como dizia Arthur Skevington Wood: “Leva-se uma vida inteira para preparar um sermão, porque é necessária uma vida inteira para preparar um homem de Deus ou um bom pregador”.
Enquanto a espiritualidade da Igreja estiver em baixa, a pregação, por mais espiritual que ela pareça ser não passará de palavras jogada ao vento.
Não basta uma pregação erudita, feito por sábios, mas esta erudição deve ser acompanhada de contrição, humildade e oração, pois bem escreveu E. M. Bounds: “Dedique-se ao estudo da santidade e da vida cotidiana. Sua utilidade depende disso. Seus sermões duram não mais do que uma ou duas horas; sua vida prega a semana inteira.”

Hoje existem muitas igrejas que oram “bastante”, são campanhas por campanhas, mas essas orações não passam de busca “dos próprios deleites” ou de “determinações” de bênçãos.
A oração sem a busca da face de Deus é uma característica do evangelicalismo contemporâneo.
Uma igreja que ora errado e não tem ensinamento, logo terá pregadores pobres. Mas para isso acontecer será necessário estes futuros pregadores querer ser ricos. O trabalho de campanha na igreja é uma forma de evangelismo, não uma maneira de ganhar dinheiro como tem acontecido na maioria das igrejas neo-sensacionalistas.
B) A falta de preparo para pregar.
Erudição, esmero e homilética não são inimigos da espiritualidade.
Pelo contrário ajuda e muito aquele que combinam os quatro ingredientes.

Uma mentira vigente na igreja brasileira é que quem se prepara muito para pregar, terá uma pregação “não ungida”. Isso é mera desculpa de pregador preguiçoso.
Você, já deve ter visto alguém dizer: - “Quando cheguei aqui não sabia o que ia pregar, mas assim que subi nesse altar o Espírito Santo me revelou outra Palavra” ou “Eu não preparo pregação, o Espírito de Deus me revela”…
São frases irresponsáveis e brincam com o Espírito Santo, atribuindo a Ele sua preguiça de passar várias horas em estudo e oração para pregar a Palavra.
Hoje, pregar com esboço em papel é quase um pecado em muitas igrejas; alguns olham com “cara feia” para os que levam algo escrito em sua homilia.
Será que não sabem que um dos sermões mais impactantes da história, foi literalmente lido pelo pregador. Esse sermão tinha como tópico “Pecadores na mão de um Deus irado”, pregado por Jonathan Edwards em 08 de Julho de 1741 na capela de Enfield. Sobre este biógrafo de Edwards,
J. Wilbur Chapman relatou: Edwards segurava o manuscrito tão perto dos olhos, que os ouvintes não podiam ver-lhe o rosto. Porém, com a continuação da leitura, o grande auditório ficou abalado. Um homem correu para frente, clamando: Sr. Edwards tenha compaixão! Outros se agarraram aos bancos, pensando que iam cair no Inferno. Vi as colunas que eles abraçaram para se firmarem, pensando que o Juízo Final havia chegado.

C) Ter uma visão pragmática sobre a pregação.
Para muitos, uma pregação só é válida se houver resultados.
As pessoas não querem saber se o conteúdo da pregação é bíblico ou herético, mas preferem esperar pelos resultados propagados pelo pregador.
A primeira motivação dos pragmáticos é buscar a praticidade, portanto o pragmatismo é casado com o imediatismo, onde tudo tem quer ser aqui e agora.

O conceito de pregação “ungida” é bem pragmática, “pragmática, 1. Um conjunto de regras ou de formulas cerimoniais da corte ou da igreja, 2. Formalidade, boa sociedade; e etiqueta.
Quando se trata de pragmático. Refere-se aos atos que se deve praticar na política de boa vizinhança...
Para boa parte da comunidade evangélica, a boa pregação tem que envolver o emocional, nesse contexto nasce frases do tipo “crente que não faz barulho está com defeito de fabricação”.
Se não houver choro, gritos, pulos ou outras manifestações “espirituais”, a pregação perde o seu valor para muitos dos cristãos atuais.

Pregadores pragmáticos gostam de ver seus ouvintes interagindo exageradamente no culto.
É um constante de estes pregadores mandarem as pessoas glorificarem e até falar em línguas.
Nesses cultos a justificativa para essas ordens é que “quando a glória da Igreja sobe, a glória do céu desce”. Nada contra, mas deixamos as aparecias de lado e falemos o que está escrito nas escrituras.
Não há respaldo bíblico para esse tipo de pensamento que é passado como algo bíblico. A emoção e as experiências fazem parte da vida cristã, mas não devem normatizar a liturgia ou direcionar os crentes, para um avivamento que não tem.
Pois os verdadeiros cristãos têm a Palavra de Deus, e somente Ela, como regra de fé e prática. E glorificam normalmente sem precisar de que alguém lhe incite.
D) Pastor-professor X pregador-ator
Eis o dilema existente no evangelicalismo neoliberal moderno. O pastor-mestre foi substituído pelo pregador carismático-ator.

O pastor-mestre que orientava a sua congregação nas Sagradas Letras, sendo um homem de estudos e contemplativo, era característico de piedosos servos de Deus, como os pastores ou presbíteros de cabelos brancos que nos antecederam, que dedicavam a maior parte de suas vidas estudando, ou melhor, extraindo o mais profundo conhecimento do Espírito Santo para trazer-nos ensinamentos do melhor de Deus.
Ao contrário o púlpito tem sido destruído pelo estrelismo de pastores-atores, que confundem o púlpito da igreja com um palco para entretenimento, são pessoas que pregam o que a congregação quer ouvir e fazem de seus carismas uma imposição de sua pessoa, a sua caricatura, você é o que vive.
Quem estuda a história da igreja, verá que os piedosos servos de Deus, da Reforma e do Grande Despertamento do século 18, viram homens de grande interesse pelas sagradas letras e pela pregação expositiva, onde o texto falava por si só.
A partir do século 19, os sermões são cada vez mais temáticos e os pregadores mais articulados no estrelismo. O cantou Lazaro diz: hoje já não se fala mais em salvação, o mundo estar tentando enganar os pouco de servos que o Senhor Jesus virá buscar.

Estes homens pecam, gravemente, ou grosseiramente em não valorizar os sermões bem preparados e articulados, ungidos pelo Espírito Santo, para edificação da congregação. Prefere contar histórias de outras pessoas a falar do autor da salvação “Jesus Cristo”.
Mostra uma piedade aparente, e muitos exaltam estes homens cruéis mesmo sábios tornar-se por ignorantes e o pior vê esta ignorância como virtude, o que, mas gostam de fazer é viver justificando-se com os sermões artificiais, sem profundidade e recheados de chicles, modismos e até heresias.

UM RESUMO DE CONSELHOS GERAIS E CONCLUSÃO
A. Como preparar um sermão:
1. Sempre tenha um só propósito (conforme a congregação e a ocasião) e faça tudo para alcançar aquele propósito.
2. Sempre prepare um sermão bíblico. È a palavra de Deus que tem poder, a não a nossa.
3. Aproveite os acontecimentos atuais (notícias do dia, o próprio ambiente do culto) para captar a atenção dos ouvintes.
4. Ponha as verdades abstratas em termos concretos, através de exemplos, ilustrações e anedotas, mas só na medida em que servem para alcançar seu propósito junto aos ouvintes, isto é, para esclarecer a sua idéia central.
B. Como preparar um pregador:
1. Tenha interesse no assunto. Esteja cheio da sua mensagem para que ela venha do coração e não só da cabeça. O povo sabe a diferença e percebe logo.
2. Tenha interesse no povo. Sendo interessado mesmo, no ouvinte o irmão vai falar com sinceridade outra vez os ouvintes logo vão perceber a hipocrisia).
Não sendo hipócrita na sua atitude, pode falar com firmeza, mesmo quando os ouvintes não concordam com a mensagem.
Por causa do interesse, da sinceridade, e da firmeza do pregador, eles vão respeitar a mensagem e prestar atenção.
4. Leia as reações dos ouvintes. Olhe-os diretamente, e mantenha este contato.
Se olhar sempre pela janela, ao chão, ou pela porta, o irmão vai dar a impressão que está falando com alguém lá fora, ou que é inseguro no que fala.
Converse com os ouvintes, como se estivesse falando com cada um individualmente.
5. Seja breve. O pregador deve deliberadamente se instalar no púlpito, deliberadamente
falar a verdade, e deliberadamente calar a boca.
Do começo até ao fim, o pregador deve estar em controle de si, da situação e da mensagem. “Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas”. I Cor. 14:32.
O pregador deve subir no púlpito já pensando em terminar. A organização e um esboço ajudam a mostrar o fim desejado.
a). Brevidade é recomendada (1) na leitura – não leias muitos versículos somente o necessário, estude o Maximo o conteúdo da história (2) na introdução, aplique o que obsorve do tema em questão (3) na conclusão. Seja convincente que o ouvinte veja que foi Deus que falou não o conhecimento do homem. b). Geralmente o mais breve é o mais penetrante e eficaz.
5. Seja natural no púlpito. a). Não pense em si, nem na sua fala, nem na sua postura.
Os ouvintes vão acompanhar a sua preocupação e ser distraídos da mensagem. Pense só na mensagem.
b). Não imiti outro pregador e seus gestos, etc. Deixe que sua personalidade própria seja usada por Deus.
Se encontrar uma idéia nova e proveitosa, adapte-a para a sua própria personalidade.
6. Todos os gestos no púlpito devem servir para atrair ou manter a atenção na mensagem.
Se os gestos forem muitos, ou se forem muito poucos, isso vai distrair. Seja natural, evite parecer com uma estátua; dê a impressão de ser vivo, mas não de estar jogando futebol. Evite extremos em qualquer área da pregação.
7). Faça tudo para a glória do Senhor e não de si mesmo; exalte o nome dEle, e não o seu próprio nome. Não seja duro com o ouvinte, lembre-se você é um ouvinte, trate todos como gostaria que fosse tratado.
8). Lembre-se da necessidade do pregador Espiritual E Mental.
CONCLUSÃO
Resumo: Sendo preparado espiritualmente pela conversão e pela chamada divina, o pregador tem a promessa de Deus de que a Palavra é poderosa e o Espírito Santo ajudará a mensagem, até tornando as nossas fraquezas em instrumentos para levar outros a Cristo. II Cor. 12:9.
Mas o pregador também tem responsabilidade para preparar a sua mente com o estudo da palavra e a organização lógica do sermão. E tudo que ele faz desde o primeiro passo a partir do momento de escolher o assunto até terminar a pregação com o apelo, ele faz com um propósito, um alvo. “Pois eu assim corro, não como a coisa incerta…” disse Paulo, I Cor. 9:26.
Até nos gestos, e na voz, o pregador usa tudo para levar os ouvintes a aceitar a verdade. Apelo: Confie no Senhor. Tudo isso não é tão difícil como parece. Uma boa parte dessas sugestões todos já sabe, é só aplicá-las. Nunca vai chegar o dia em que julgará que atingiu já a perfeição nesta matéria.
Mas nós confiamos no Senhor, no poder do Espírito Santo, sem o qual a nossa tarefa é vã. Se você está pronto e está decidido a servir Deus na melhor maneira possível com seus talentos, “Entrega o teu caminho ao Senhor: confia nEle, e Ele tudo fará.” Salmos 37:5.

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