segunda-feira, março 12, 2012

A POTENCIALIDADE SEXUALIDADE DO SER HUMANO

“Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criaram. Então Deus os abençoou e lhes disse: crescei e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra”. (Gn 1:27-28).

O uso perfeito desta potencialidade singular, com a qual Deus dotou o homem criado a sua imagem e semelhança, a fim de glorificá-lo tanto no corpo como no espírito (Alma).

A potencialidade sexual do ser humano é semelhante às armas nucleares que, se usada corretamente e no tempo certo, dão segurança a todos, mas quando é usado erradamente e fora do tempo, causam grande destruição, tanto para quem usa como os que são alvejados. O resultado é o grande número de filhos gerados sem um controle adequado por parte de seres que usam esta potencialidade desproporcionalmente e que depois gera jovens de doze aos dezoito anos com um ou mais filho sem pai. De quem é a culpa? Dos pais? Dos educadores? Do governo? Da sociedade? Geralmente se culpa o estado e seus governantes por esse aberrante número de filhos sem procedência, o que na verdade eles têm culpa sim, não adianta gastar fortuna em propagandas, como por exemplo, para se prevenir da HIV, com anuncio de camisinha barata, o ideal seria que fossem formados educadores nas escolas a fim de ensinares a palavra de Deus, não segundo os teólogos idealistas que falam de amor, mais na verdade não respeitam nem mesmo suas próprias famílias.

O ideal seria que não tirassem as autoridades dos pais, dando-lhe sim, condição para criarem seus filhos como eles foram criados.

O ideal seria que ao invés de gastarem fortuna com anúncio, investisse nas escolas, nos educadores para não se ter uma sociedade falida onde tudo é tão banal.

O ideal seria que as televisões, ao invés de mostrarem cenas de jovens se prostituindo com adultos, mostrando seus corpos nus, se drogando, ingerindo bebidas alcoólicas, isso porque agora mudou o nome de orgia, chama-se Reeve. Os pais coitados (muitas vezes não são tão coitados assim) ficam com os pés e mãos atadas, pois ensina uma coisa, os meios da comunicação através da mídia ensinam outra coisa, assim fica difícil para os pais verdadeiros criarem seus filhos nesse vendaval de contradições da palavra de Deus, portanto meu caro leitor que seja jovem ou adulto, pai ou filho, chega de ser iludido use bem sua potencialidade sexual.

A FINALIDADE DO SEXO.

Quando Deus criou o mundo deu uma destinação definida a tudo quanto criou. E em particular o sexo do ser humano, tinha seus objetivos bem claros, quanto a esta prática a ser desempenhada pelo homem. Ao lermos a sua palavra podemos verificar os aspectos seguintes como finalidade do ato criador da sexualidade humana.

A PROCRIAÇÃO.

“Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criaram. Então Deus os abençoou e lhes disse: crescei e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra”. (Gn 1:27-28).

O que o texto bíblico deixa bem claro referente à procriação é que deve ser feito com inteligência e responsabilidade. Ao que se refere a: “Crescei e multiplicai”. Não é saindo enchendo a casa de filho, todo ano um filho, sem saber como irar criá-lo e educá-lo. “Dt 4:10 No dia em que estiveste perante o Senhor teu Deus em Horebe, quando o Senhor me disse: Ajunta-me este povo, e os farei ouvir as minhas palavras, e aprendê-las-ão, para me temerem todos os dias que na terra viverem, e as ensinarão a seus filhos”.

Um dos objetivos dado ao homem na vida sexual é a responsabilidade. O fato da explosão demográfica, (ou seja, encher o mundo) não anula este propósito de forma alguma. Se o homem for mais racional na prática, estará evitando os problemas que vemos no mundo atual. O sexo sendo uma ordem direta de Deus pode e deve ser também racionada nos termos de uma limitação natural e necessária ao bem-estar do ser humano sem que para isto precise impedir a existência de muitos que já estão vivendo neste mundo, ou que venha impedir a entrada de outros que estão para nascerem. Tem um sentido somatopsíquico que leva o ser humano a cometer o desvio moral, tornando-se assim uma besta animalestico no sentido do sexo, há pessoas que tem um comportamento com impulso estranho quando se trata de sexo oposto ou do mesmo sexo, há aqueles que não conseguem mesmo que já tenha um conjugue não consegue deixar de dar aquela tradicional olhadinha, outros não consegue deixar de pensar em sexo, isto é um desvio anatômico que deve ser controlado por tal pessoa.

A PROCRIAÇÃO RESPONSÁVEL.

Aqui temos uma alternativa conseqüente da primeira, porque a procriação responsável faz parte integrante do casamento monogâmico. Iremos ler em outros textos que a procriação responsável é de interesse do próprio Deus pelo o fato da povoação da terra fazer parte do plano divino. Sabemos que para cumprir esta finalidade Deus não partiria do imediatismo dos filhos bastardos e de outras categorias, reconhecendo, entretanto, os que vieram por outros meios ao mundo, devem ser protegidos e amparados, visto que ninguém pode determinar como irá nascer. Não precisamos nem dizer que os que são nascidos por uma relação fora do casamento, são frutos de uma péssima administração da vida sexual irresponsável dos pais, que em muitas das vezes nem conhecem seus filhos, devidos as irresponsabilidades dos mesmos. Como é bom e edificante vermos uma família cujos filhos são do mesmo pai, e vivem segundo o plano divino. Os exemplos são muitos em que se pode inspirar e ver a glória de Deus manifestada na proteção da família. (Sl 127 e 128). Esta é uma forma sublime e profunda que Deus concedeu ao homem, a participação com Ele do poder criativo...

A REALIZAÇÃO DOS CASAIS.

Às vezes na hora da verdade, cada um engana o outro, mais ou menos voluntariamente. Muitas mulheres simulam emoções que no intimo não estão sentindo. Fazem isso para não decepcionar o marido; e, sobretudo por temerem que ele humilhado em sua virilidade vá procurar satisfação fora de casa.

As sementes desta sinceridade poderão ser plantadas antes do casamento se houver uma procura por parte dos dois de um maior entendimento por meio de conversas, dialogo um descobrimento deste lado tão complexo. A noite de núpcias deverá ser o ponto de partida, tem que começar e terminar feliz com uma preparação por parte do rapaz com todo cuidado possível para não causar um desastre emocional na moça.

Como é bom vermos os casais vivendo em perfeita harmonia, pois esta essência faz parte do propósito divino para o ser humano. O que ninguém deve pensar é que as vidas sexuais do homem e da mulher sejam somente mecânicas no seu encontro sexual. Muitos conflitos têm surgido nos casamentos, por causa desta atitude por parte de um dos casais, em não reconhecer que o outro deve e tem o direito de realizar-se sexualmente tanto quanto ele. E isto tem levado muitos casais a procurarem o divórcio por falta desta conscientização da vida conjugal bem praticada pelos os esposos e esposas.

A realização plena não se alcança somente no leito conjugal, contudo, não tenho receio de afirmar que o casal desajustado no leito dificilmente será ajustado nas outras áreas da vida em geral. Quando o autor aos Hebreus recomenda a veneração ao leito conjugal sem mácula entendo que quer ressaltar a importância da vida conjugal nesta dimensão tão profunda e significativa para o ser humano. O que pode dificultar a realização plena no relacionamento sexual e a falta de maturidade dos próprios elementos que são responsáveis pelo ajustamento. Entretanto, é necessário eliminar da mente as fantasias eróticas tão comuns em matéria de realização total do encontro sexual, uma vez que isto depende do equilíbrio somatopsíquico dos dois. Qual quer alteração por parte de um, modifica ou afeta o outro, a ponto de reduzir a plenitude do prazer sexual ou até mesmo de anulação total não só do prazer como bloqueios na hora e dificultando quaisquer outros relacionamentos comuns ao casal.

O COMPANHEIRISMO.

O texto sagrado diz que o homem não pode viver sozinho. Isto mostrar bem claro a intenção de Deus quando deliberou criar uma companheira para o homem. O que não seria apenas uma companheira externa. (tipo aquela que só serve para cozinhar, lavar, passar, e fazer o trabalho domestico). Mas objetiva (aquela que está presente no dia a dia do marido), ou seja, uma que fosse ao mesmo tempo objetiva e subjetiva, que o envolvesse tanto por dentro como por fora, e foi o que aconteceu de fato na vida de ambos. (Gn 2:18-24).
Os casais de um modo geral precisam redescobrir para que serve a sua vida sexual, para poder administrá-lo dentro do modelo correto que é à vontade do criador que nos conhece em toda profundidade (Sl 139:1-24).

RENÚNCIA PESSOAL.

Nos casos em que o homem abriu mão dos direitos sexuais que estão inerentes em sua essência como os eunucos, os celibatários e outros se houver, têm exceção e não regra, mesmo do ponto de vista de Deus. O apóstolo Paulo percebeu muito bem a profundidade deste relacionamento ao dizer que o homem, que tenha encontro sexual com meretriz, forma um corpo com ela.
A vida sexual pode terminar com a serventia do homem que resolve renunciar os desígnios de Deus. O homem pode dispor de sua vida como quiser contanto que a sua decisão seja para glorificar o nome de Deus e edificar sua vida nas dimensões física e espiritual. A palavra de Deus fala de casos de dedicação em que seres humanos deliberaram abrir mão de suas possibilidades procriativas e mesmo dos relacionamentos afetivos já mencionados. (Mt 19:8-12). Muitos têm encerrado sua vida sexual como medida de santificação ou dedicação á causa de Deus.





PEDOFELIA: ESTUPRO, ABUSO SEXUAL E DESONRA.

PEDOFELIA OU ABUSO SEXUAL

AO LADO DE UMA SADIA ATIVIDADE SEXUAL PODEM OCORRER CASOS SINISTROS DE ATIVIDADE SEXUAL COM A VIOLÊNCIA, O QUE CONSTITUEM EM ABUSO SEXUAL, HOJE CHAMADO DE PEDOFELIA, SENDO QUE SUAS VITIMAS É COM MAIS FREQÜÊNCIAS AS CRIANÇAS E OS JOVENS.

Um estudo da Wold Health organization de 1993, diz que as vitimas na infância (de 0 a 18 anos) por serem indefesas são as mais atingidas. E assim classificam em quatro categorias distintas:
1. O abuso físico. 2. O abuso emocional. 3. A negligência. 4. O abuso sexual. Nenhuma imagem gravada ou esculpida pode representar o trauma físico e psicológico do abuso sexual durante a infância ou na adolescência é mais ou menos como um delicado cristal que ao cair no chão se fragmentou para este cristal há várias tentativas de reparações, mas, por melhor que seja o reparador no seu ofício de reparar o cristal não poderá deixar este cristal da mesma maneira que era sempre restará uma fissura ou lacuna aberta.

Esta fissura ou falha na reparação poderá ser de grandes proporções, levando às mais critícas conseqüências, ou minimamente perceptível, e vai se manifestarem em certas ocasiões, assim também é na vida daqueles que sofreram tamanhos desacertos em suas vidas na infância e na adolescência.



PARA ENTENDERMOS MELHOR VAMOS AO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO, POIS ESTE DEFINE DE FORMA CONTRADITÓRIA O ESTUPRO.


O que é estupro: “Segundo o Código Penal Brasileiro define a palavra estupro como um ato de constranger a mulher ou à prática da conjunção carnal, ou seja, o ato sexual, mediante a violência ou grave ameaça”. “forçado”. (Art 213).

Define a conjunção carnal como uma introdução ou a penetração do órgão masculino. Com as mãos ou objetos. Assim, o abuso sexual somente será caracterizado como estupro se houver a penetração vaginal.

A palavra atentado violento ao pudor é definido como “constranger alguém, mediante a violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal” (Art 214).

Ainda segundo o Código Penal Brasileiro, a violência será presumida nos casos em que a vitima for menor de quatorze anos, alienada ou débil mental, ou seja, o praticante é sabedor das dificuldades da sua vitima, ou se sua vítima não puder por qual quer outra causa, oferecer resistência (Art 224). Ou seja, se não houver nenhum destes casos o monstro estará isento da lei, pode isso?

Já na pratica clinica utiliza-se o termo Abuso Sexual, tanto para os casos de estupro como para os de atentado violento ao pudor. O processo de cura não é fácil e leva tempo, mas, como vitima de um estupro ou Abuso Sexual, aprenderá a descansar em Deus para receber forças e curas. E vai aprender que esta experiência pode ser usada para honra e a glória de Deus, talvez até compartilhando a sua cura com outra vitimas.



COMO SE DEFINE NA PRÁTICA

A proporção exata em que o Abuso Sexual ocorre no meio da nossa sociedade, dados obtidos através literatura médica mundial.

Fleming J.M. Em estudo desenvolvido na Austrália, em 1994 e publicado em 1997, com uma mostrar de 710 mulheres entrevistadas se encontrou 144 que sofreram algum tipo de Abuso Sexual na sua infância ou durante a sua adolescência, um pouco mais de 15% falaram da sua infância enquanto mais de 60% delataram seus maridos por obrigarem a praticarem contra sua vontade atos libidinosos da conjunção carnal que lhes traziam constrangimentos (vergonha), se constranger são um ato de estupro elas e outras mulheres honradas estão sendo estupradas diariamente, mas nada podem fazer porque a lei faculta ao constrangedor a impunidade (Código Penal Brasileiro 213).

A Anonymous Sexual Association de (1987) estima que ocorra um caso de estupro a cada (6) seis minutos nos Estado Unidos, o que resultaria em (90.000) noventa mil mulheres estupradas por ano naquele país. Outro dado de importância é do National Center For the Abbused and Negleted Child em Washington, que aponta uma media de (100.000) cem mil novos casos registrados a cada ano nos Estado Unidos, sem especificar, no entanto, qual a porcentagem destes casos refere-se especificamente ao Abuso Sexual de crianças.

O Serviço de Advocacia da criança (SAC). Entidade ligada à Ordem dos Advogados do Brasil, a partir de uma pesquisa de processos registrados em 1988, 1991 e 1992, chegou à seguinte cifra: (20.400) vinte mil e quatrocentas denuncias de maus-tratos à criança chegam anualmente ao conhecimento da justiça, desses casos, 13% refere-se à situação de Abuso Sexual, o que resulta em aproximadamente (2.700) dois mil e setecentos novos casos a cada 12 meses.

Em levantamento realizado por Diegoli C.A, das ocorrências do setor de sexologia do Instituto Medico Legal de São Paulo (realizado em janeiro de 1996), foram observadas (2.403) duas mil e quatrocentos e três queixas de Abuso Sexual, sendo que 69.77¨% ou seja, (1.665) ocorreram em mulheres com idade acima de 18 anos e 7.94% (1491) em meninos.

COMO SE PODE OBSERVAR POR ESTES NÚMEROS, A GRANDE VITIMA DE ABUSO SEXUAL E DAS LESÕES DETERMINADAS POR ESTES SÃO PRINCIPALMENTE AS CRIANÇAS DO SEXO FEMININO, DE IDADE INFERIOR A 18 ANOS.

Alguns artigos da literatura demonstram que além das conseqüências físicas, as seguintes seqüelas são as mais freqüentes em casos de Abuso Sexual. Gestações indesejadas – Doenças Sexualmente Transmissíveis “várias” – Doenças Inflamatórias Pélvicas – Dor Pélvica sem Explicações – Depressão Psicológica – Tendências Suicidas – Distúrbios de Personalidade – Bulimia e Anorexia Nervosa – Uso de Drogas, Além de Alcoolismo – Dor ao Urinar, sem Causa Física. Quadros de igual importância pode ser encontrado nos familiares dos membros que sofrem as conseqüências destes atos violentos.



CASO ACONTEÇA ALGO PARECIDO NA SUA CASA O QUE VOCÊ DEVE FAZER.

O primeiro socorro a vitima de Abusos Sexuais violentos consistem imediatos o encaminhamento a um serviço capacitado, sempre lembrando que as vestes devem ser guardadas e esta vitima deve ser orientada para evitar banho, urinar ou evacuar, o que prejudicaria a coleta de materiais importantes, do ponto de vista legal.

O médico desempenha um importante papel na reparação das lesões físicas, na profilaxia de doenças sexualmente transmissíveis e nas gestações, além de acompanhamentos sorológicos futuros para excluir a inflamação.

Do prisma psicológico, a área mais seriamente afetada em casos de vitimização sexual na infância e entre os adolescentes é da sexualidade. Os problemas nessa área costumam se manifestar algum tempo depois de um inicio de relacionamento com um novo parceiro.

A abordagem terapêutica psicológica variará de acordo com a idade da vitima, da ludoterapia até a terapia convencional.

O atendimento de assistência social consistirá em ajudar com questões concretas do cotidiano, além de permitir um espaço para que os pais possam extravasar suas ansiedades, sem um tratamento psicológico propriamente dito.

São responsáveis pelo implemento da violência os seguintes fatores: Crescente número de desempregados. – Inicio de trabalho precoce e sem a devida qualificação por parte principalmente dos adolescentes, resultando no abandono prematuro das escolas. – Desestruturação progressiva do elo familiar. – Aumento do uso de drogas, incluindo o álcool. – Elevado índices de permanência nas ruas, aliado ao abandono propriamente dito.

O atendimento social trabalhará estes tópicos, avaliando a questão social e encarando-a com a devida importância, assim como os aspectos médicos e psicológicos. Como se pode compreender, as seqüelas físicas e psicológicas dos casos de Abusos Sexual na infância são extremamente sérias e necessitam para seu tratamento de profissionais de motivação extrema e de alta qualificação. Cumpre-nos, como interessados que somos programar ações para que as condutas frente à violência sexual na infância sejam padronizadas, diminuindo desta forma traumas e permitindo que estas crianças sejam reconduzidas a um futuro digno. Em algum momento a vitima pode experimentar a hostilidade junto com o ódio, e chega a desejar que aconteça o mesmo com certo indivíduo, ou seja, se ele a fez sofrer ele também deve sofrer.

ESTUDO SOBRE O SEXO CRISTÃO

Sexualidade
Qual o problema em gostar um pouco de pornografia?
Afinal, o que é pornografia mesmo?

Alguém já disse que é mais fácil reconhecer a pornografia do que defini-la. Os dicionários nos dizem que pornografia é o caráter imoral ou obsceno de uma publicação. Material pornográfico é aquele que descreve ou retrata atos ou episódios obscenos ou imorais. Essas definições não ajudam muito, pois conceitos como “obscenos” e “imorais” são bastante subjetivos no mundo de hoje. Classificar material pornográfico em “soft” (nudez e sexo implícito) e “hardcore” (sexo explícito contendo cenas de degradação, violência e aberrações) só ajuda didaticamente. Para muitos, Playboy é uma revista pornográfica. Para outros, não. Entretanto, da perspectiva da ética bíblica, a definição acima é mais que suficiente.
A popularidade da pornografia É exatamente pela complexidade do assunto, agravado pela omissão de boa parte das igrejas no Brasil, que muitos evangélicos estão confusos quanto ao mesmo, e não poucos são viciados em alguma forma de pornografia. Aqui estão as minhas razões para essa constatação:
1) A tremenda popularidade da pornografia no mundo de hoje. Uma estatística de 1995 revelou que os americanos gastam mais em pornografia do que em Coca-Cola. Não é difícil de imaginar que a situação no Brasil não seria muito diferente. Até países antigamente fechados, como a China, em 1993 assistiu a uma enxurrada de material pornográfico em seus limites, após ter aberto, mesmo que um pouco, as suas fronteiras para receber ajuda estrangeira. Mensalmente, cerca de 8 milhões de cópias de revistas pornográficas circulam no Brasil. Em 1994 a venda de vídeos pornôs chegou perto de 500 milhões de dólares. Não é de se admirar que as locadoras reservam cada vez mais espaço nas prateleiras para esses vídeos. Segundo uma pesquisa, em 1992, 1 a cada 4 brasileiros assistiu a um filme de sexo explícito. O mesmo fizeram 13% das mulheres entrevistadas. Em 1995 esse número dobrou para os homens e aumentou um pouco em relação às mulheres.
2) A imensa facilidade para se conseguir material pornográfico no mundo de hoje. Como na maioria dos demais países “civilizados” (uma conhecida exceção é o Irã) material pornográfico pode ser encontrado e consumido facilmente no Brasil em diversas formas: cinema, canais abertos de televisão, televisão a cabo e no sistema “pay-per-view”, internet, fitas de vídeo, CD-ROMs com material pornográfico, gravuras, exposições de arte erótica, livros, revistas e vídeogames, entre outros. Parece não haver fim à criatividade do homem em utilizar-se dos avanços tecnológicos para a difusão da pornografia. Como disse o escritor francês Restif de la Bretone no século 18, “La dépravation suit le progrès des lumières” (”A depravação segue o progresso das luzes”).

O que tem de mais em ver pornografia? Muito embora os evangélicos em geral sejam contra a pornografia (alguns apenas instintivamente) nem todos estão conscientes do perigo que ela representa. Menciono alguns deles em seguida:
1) Consumir deliberadamente material pornográfico é violar todos os princípios bíblicos estabelecidos por Deus para proteger a família, a pureza e os valores morais. A própria palavra “pornografia” nos aponta esse realidade. Ela vem da palavra grega pornéia, que juntamente com mais outras 3 palavras (pornos, pornê e pornéuo) são usadas no Novo Testamento para a prática de relações sexuais ilícitas, imoralidade ou impureza sexual em geral. Freqüentemente essas palavras de raiz porn- aparecem em contextos ou associadas com outras palavras que especificam mais exatamente o tipo de impureza a que se referem: adultério, incesto, prostituição, fornicação, homossexualismo e lesbianismo. O Novo Testamento claramente condena a pornéia: ela é fruto da carne, procede do coração corrupto do homem, é uma ameaça à pureza sexual e devemos fugir dela, pois os que a praticam não herdarão o reino de Deus. A pornografia explora exatamente essas coisas — adultério, prostituição, homossexualismo, sadomasoquismo, masturbação, sexo oral, penetrações com objetos e — pior de tudo — pornografia infantil, envolvendo crianças de até 4 anos de idade.
2) Consumir deliberadamente material pornográfico é contribuir para uma das indústrias mais florescentes do mundo e que, não poucas vezes, é controlada pelo crime organizado. Segundo um relatório oficial em 1986, a indústria pornográfica nos Estados Unidos é a terceira maior fonte de renda para o crime organizado, depois do jogo e das drogas, movimentando de 8 a 10 bilhões de dólares por ano. Acredito que o quadro é ainda pior hoje. A indústria da pornografia apoia e promove a indústria da prostituição e da exploração infantil. O dinheiro que pais de família gastam com pornografia deveria ir para o sustento de sua família. Alguns podem alegar que consomem apenas material soft contendo somente cenas de nudez — esquecendo que esse material é produzido pela mesma indústria ilegal que produz e distribui a pornografia infantil.
Pornografia e a escalada da violência Não são poucos os relatórios feitos por comissões de pesquisadores que denunciam a estreita relação entre a pornografia e a crescente onda de estupros, assédio sexual e exploração infantil nos países “civilizados”. Vários dos temas mais comuns em pornografia do tipo hardcore incluem cenas de seqüestro e estupro de mulheres, geralmente com espancamento e tortura, além de outras formas obscenas de degradação. A mensagem que a pornografia passa aos consumidores é que quando a mulher diz “não” na verdade está dizendo “sim”, e que se o estuprador insistir, ela não somente aceitará como também passará a gostar. Assim, a violência contra a mulher é exposta como algo válido e normal. A mulher é vista como objeto sexual a ser usado ao bel-prazer dos homens.
Outra forma de hardcore é a pornografia infantil. Esse material exibe cenas de sexo envolvendo crianças e adolescentes. Em alguns casos, crianças aparecem assistindo a cenas de sexo oral por adultos, em outras, são violentadas e estupradas por adultos. Já em outras, fazem sexo entre si. Esse material ilegal, mórbido, desumano e obsceno está disponível pela Internet até mesmo em servidores estacionados em universidades federais, conforme denúncias de jornais em dias recentes. Grandes provedores têm seções onde usuários podem bater papo sobre sexo e trocar imagens de sexo explícito com crianças, algumas delas tão degradantes, segundo uma denúncia feito pelo Instituto Gutemberg em Julho de 1997, que faz da revista “Penetrações Profundas” uma publicação para freiras.
Associado com a pornografia hardcore está o surto de violência sexual contra as mulheres e crianças nas sociedades modernas onde esse material pode ser obtido facilmente. Estudos por especialistas americanos mostram que existe uma estreita relação entre pornografia e a prática de crimes sexuais. Eles afirmam que 82% dos encarcerados por crimes sexuais contra crianças e adolescentes admitiram que eram consumidores regulares de material pornográfico. O relatório oficial do chefe de polícia americano em 1991 diz: “Claramente a pornografia, quer com adultos ou crianças, é uma ferramenta insidiosa nas mãos dos pedofílicos [viciados em sexo com crianças]“. A pornografia está estreitamente associada ao crescente número de estupros nos países civilizados. Só nos Estados Unidos, o número conhecido pela polícia cresceu 500% em menos de 30 anos, que corresponde ao aumento da popularidade e facilidade em se encontrar material pornográfico. Cerca de 86% dos condenados por estupro admitiram imitação direta das cenas pornográficas que assistiam regularmente.
Crentes “voyeurs”? Há boas razões para acreditarmos que o número de evangélicos no Brasil que são viciados em pornografia é preocupante. Pesquisadores estimam que nos Estados Unidos cerca de 10% dos evangélicos estão afetados. Considerando que no Brasil a facilidade de se obter material pornográfico é a mesma — ou até maior — que nos Estados Unidos, considerando que a igreja evangélica brasileira não tem a mesma formação protestante histórica da sua irmã americana, considerando a falta de posição aberta e ativa das igrejas evangélicas brasileiras contra a pornografia, como acontece nos Estados Unidos, não é exagerado dizer que provavelmente mais que 10% dos evangélicos no Brasil são consumidores de pornografia. Talvez esse número seja ainda conservador diante do fato conhecido que os evangélicos no Brasil assistem mais horas de televisão por dia que muitos países de primeiro mundo, enchendo suas mentes com programas que promovem a violência e o erotismo, e assim abrindo brechas por onde a pornografia penetre e se enraize.
Mais preocupante ainda é a probabilidade de que grande parte desse percentual é de jovens evangélicos adolescentes. Uma pesquisa feita por Josh McDowell em 22 mil igrejas americanas revelou que 10% dos adolescentes havia aprendido o que sabiam sobre sexo em revistas pornográficas. 42% deles disse que nunca aprendeu qualquer coisa sobre o assunto da parte de seus pais. E outros 10% confessaram ter assistido a um filme de sexo explícito nos últimos 6 meses. Uma extrapolação, ainda que conservadora, para a realidade das igrejas brasileiras é de deixar pastores e pais em estado de alarme.
O escândalo envolvendo o pastor Jimmy Swaggart em 1988 revelou abertamente uma outra face do problema, que há pastores evangélicos que também são viciados em pornografia. Uma pesquisa feita em 1994 entre pastores evangélicos americanos revelou uma relação estreita entre o consumo de pornografia e a infidelidade conjugal. Por causa do receio de serem apanhados e de estragarem seus ministérios, muitos pastores optam por consumir pornografia como voyeurs a praticar o adultério de fato, embora alguns acabem eventualmente caindo na infidelidade prática. Quando eu me preparava para escrever esse ensaio, li diversos artigos sobre pornografia publicados em revistas americanas e européias de aconselhamento pastoral. Muitos deles são abertamente dirigidos para ajudar pastores viciados em pornografia.
Falta de decência Infelizmente parece que estamos nos acostumando à falta de decência. Tornamo-nos como os pagãos. Temos a mesma atitude que eles têm para com a nudez e a exposição dos órgãos sexuais. A arqueologia revelou que em muitas das paredes dos templos pagãos cananitas, que foram destruídos pelos israelitas quando conquistaram a terra (Lv 26.1; Nm 33.52), havia desenhos de órgãos sexuais masculinos e femininos. Essas são as formas mais antigas de pornografia que conhecemos. Os cananitas aparentemente representavam os órgãos genitais nas paredes para excitar os adoradores e estimulá-los à prática da prostituição sagrada. Os israelitas, em contraste, tinham uma atitude totalmente diferente quanto à exposição dos órgãos sexuais. Em suas Escrituras Sagradas estava escrito que Deus cuidou em cobrir a nudez do primeiro casal após a queda (Gn 2:25; 3:7-10). Havia uma preocupação em que as vestimentas cobrissem os órgãos genitais, ao ponto de que havia uma determinação na lei de Moisés de que o sacerdote deveria ter cuidado para não subir as escadas do altar de forma a deixar que seus órgãos genitais ficassem expostos (Dt 20:26). Cão, o filho de Noé, foi condenado por ter visto a nudez de seu pai. A própria Bíblia se refere à genitália de forma reservada, usando às vezes eufemismos como “nudez” (Lv 18), “pele nua” (Ex 28.42), “membro viril” (Dt 23.1), “entre os pés” (Dt 28.57) e “parte indecorosa” (1 Co 12.23), só para citar alguns exemplos.
Podemos fazer alguma coisa, sim!
Acredito que os pastores e as igrejas evangélicas no Brasil podem fazer algumas coisas: ler os estudos e relatórios sobre os efeitos da pornografia feitos por comissões especializadas; pregar sobre o assunto e especialmente dar estudos para grupos de homens; desenvolver uma estratégia pastoral para ajudar os membros das igrejas que são adictos à pornografia; não esquecer que muitos pastores podem precisar de ajuda eles mesmos; criar comissões que se mobilizem ativamente contra a pornografia, utilizando-se dos dispositivos legais que o permitam (uma possibilidade é encorajar os políticos evangélicos a tomar posições bem definidas contra a pornografia); desenvolver uma abordagem que trate da sexualidade de forma bíblica, positiva e criativa; tratar desses temas desde cedo com os adolescentes da Igreja expondo o ensino bíblico de forma positiva; orar especificamente pelo problema.
Não estou pregando uma cruzada de moralização, embora evidentemente a igreja evangélica brasileira poderia tirar bastante proveito de uma. A pornografia é um mal de graves conseqüências espirituais e sociais embora não acredite que devamos fazer dela o inimigo público número 1, como algumas organizações moralistas e fundamentalistas dos Estados Unidos. Afinal de contas, a raiz desse problema — e de outros — é o coração depravado e corrompido do homem, que só pode ser mudado pelo Evangelho de Cristo. Hitler conseguiu em 4 anos banir da Alemanha todas as formas de pornografia e perversão e incutir na geração jovem de sua época a aspiração por altos valores morais e pela pureza da raça ariana. Os motivos eram errados e o projeto de Hitler acabou no desastre que conhecemos. Não acabaremos com a depravação moral somente com leis e discursos políticos. Jack Eckerd, um empresário milionário dono de um negócio que rendia mais de 2,5 milhões de dólares por ano, ao se converter a Cristo em 1986, determinou que todas as publicações pornográficas vendidas em suas 1.700 lojas fossem retiradas, mesmo que isso significasse a perda de alguns milhões de dólares anuais. Quando o coração é mudado as mudanças morais seguem atreladas.
Por que Deus permitiu que Salomão tivesse tantas mulheres, se ele condena a poligamia? Sexualidade
1 REIS 11:1
PROBLEMA: Em 1 Reis 11:3, lemos que Salomão tinha 700 mulheres e 300 concubinas. Mas as Escrituras repetidamente nos advertem contra manter mais de uma mulher (Dt 17:17) e violar o princípio da monogamia - um homem para uma mulher (cf. 1 Co 7:2).
SOLUÇÃO: A monogamia é o padrão de Deus para os homens. Isso está claro nos seguintes fatos: (1) Desde o princípio Deus estabeleceu este padrão ao criar o relacionamento monogâmico de um homem com uma mulher, Adão e Eva (Gn 1:27; 2:21-25). (2) Esta ficou sendo a prática geral da raça humana (Gn 4:1), seguindo o exemplo estabelecido por Deus, até que o pecado a interrompeu (Gn 4:23). (3) A Lei de Moisés claramente ordena: “Tampouco para si multiplicará mulheres” (Dt 17:17). (4) A advertência contra a poligamia é repetida na própria passagem que dá o número das muitas mulheres de Salomão (1 Reis 11:2): “Não caseis com elas, nem casem elas convosco”. (5) Jesus reafirmou a intenção original de Deus ao citar esta passagem (Mt 19:4) e ao observar que Deus “os fez homem e mulher” e os juntou em casamento. (6) O NT enfatiza que “cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido” (1 Co 7:2). (7) De igual forma, Paulo insistiu que o líder da igreja deveria ser “esposo de uma só mulher” (1 Tm 3:2; 12). (8) Na verdade, o casamento monogâmico é uma prefiguração do relacionamento entre Cristo e sua noiva, a Igreja (Ef 5:31-32).
A poligamia nunca foi estabelecida por Deus para nenhum povo, sob circunstância alguma. De fato, a Bíblia revela que Deus puniu severamente aqueles que a praticaram, como se pode ver pelo seguinte: (1) A primeira referência à poligamia ocorreu no contexto de uma sociedade pecadora em rebelião contra Deus, na qual o assassino “Lameque tomou para si duas esposas” (GN 4:19,23). (2) Deus repetidamente advertiu ou polígamos quanto às conseqüências de seus atos: “para que o seu coração se não desvie” de Deus (Dt 17:17; cf. 1 Rs 11:2). (3) Deus nunca ordenou a poligamia - como o divórcio, ele somente a permitiu por causa da dureza do coração do homem (Dt 24:1; Mt 19:8). (4) Todo praticante da poligamia na Bíblia, incluindo Davi e Salomão (1 Crônicas 14:3), pagou um alto preço por seu pecado. (5) Deus odeia a poligamia, assim como o divórcio, porque ela destrói o seu ideal para a família (cf. Ml 2:16).
Em resumo, a monogamia é ensinada na Bíblia de várias maneiras: (1) pelo exemplo precedente, já que Deus deu ao primeiro homem apenas uma mulher; (2) pela proporção, já que as quantidades de homens e mulheres que Deus traz ao mundo são praticamente iguais; (3) por preceito, já que tanto o AT como o NT a ordenam (veja os versículos acima); (4) pela punição, já que Deus puniu aqueles que violaram o seu padrão (1 Rs 11:2); e (5) por prefiguração, já que o casamento de um homem com uma mulher é uma tipologia de Cristo e sua noiva, a Igreja (Ef 5:31-32). Apenas porque a Bíblia relata o pecado de poligamia praticado por Salomão, não significa que Deus a aprove.